Sekhmet

Sekhmet é conhecida como a personificação do Poder como uma Deusa. Representada no Egipto como uma leoa feroz, Sekhmet governa sobre a guerra, destruição, raiva extrema, discórdia, medicina, pragas e maternidade.

Ela é frequentemente representada com o Faraó como uma divindade protetora durante tempos de guerra e invocada para proteger o Faraó durante tempos de conflito. Sekhmet é usada como uma égide em objetos que significam proteção, e muitas das facetas de Sekhmet se relacionam com a disposição de destruir na criação. Junto com Seu filho Maahes, o Deus Khepu e a Deusa Neith, Sekhmet é a Divindade de guerra mais prolífica no Egipto. Até hoje, aldravas de porta são frequentemente adornadas com figuras de leão ou leoa como um vestígio de Sua influência.

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Seu culto era centrado em Leontópolis, ou “Cidade dos Leões”, chamada Taremu (Lugar dos Peixes) pelos egípcios, o último nome envolvendo um dos mistérios de Azazel. O culto de Bastet também era um foco importante desta cidade, que sediava um festival gigantesco. Sekhmet, como consorte de Ptah, também era a Deusa padroeira de Memphis, a cidade mais extensa do mundo naquele momento, o que significa que Sua importância para o estado egípcio era suprema.

Sekhmet na vida cotidiana é representada como a destruidora de mentiras e não obstante, paradoxalmente a criadora de conflitos, incluindo rivalidade e competição para desenvolvimento posterior. Ela era invocada pelos governantes para manter seus juramentos corretamente e ser responsabilizada pelos Deuses. Se o Faraó não governasse o Egipto com sabedoria, Ela usaria um poder aterrorizante para arruiná-lo. Da mesma forma, pragas eram associadas ao Seu julgamento da terra.

Para os cirurgiões, eles rezavam para Sekhmet antes de conduzir uma cirurgia, pois a destruição era vista como um ato necessário para se livrar de doenças. Ela também era associada ao alívio de epidemias e pragas, particularmente aquelas em nível nacional, mas na vida cotidiana, qualquer doença que afligisse crianças. As mães frequentemente rezavam para Sekhmet para aliviar doenças como a varíola. A natureza cármica da doença estava ligada aos atributos de Sekhmet como Punitriz.

Este não é o único significado, pois muitas de suas funções se relacionam com os aspectos mais profundos do ocultismo. Sekhmet representa os poderes da Kundalini em sua forma latente e feminina como um dispositor da Grande Serpente, Satanás. Seu nome, derivado de ‘sakhemu’ ou poder da serpente no antigo egípcio, representa esse poder misterioso. A forma sakhemu de uma pessoa era para representar seu estado idealizado, aperfeiçoado e verdadeiramente humano, em outras palavras, o potencial para o que eles podem se tornar.

Em fontes egípcias, Sekhmet é conhecida por seu sopro de fogo, fervendo como brasas brancas e habitando as profundezas. Ela também era associada a sílex branco batido, furúnculos inflamados, visões brilhantes e outros códigos visuais relacionados à crises.

Sendo a Destrutriz das Mentiras e uma encarnação do Olho de Re, Sekhmet é uma representante de Azazel e aplica Seus decretos relacionados à Verdade, Sabedoria e Entendimento, conforme listado nas Virtudes Satânicas, juntamente com a aplicação de decretos em todos os assuntos relacionados a Ele. Na história principal envolvendo Sekhmet, o Olho de Re enviou Hathor ao Egipto para punir os humanos impuros que seguiram Set para o deserto e desobedeceram aos Deuses. Saciada com sangue de destruir os impuros, Hathor se transformou em Sekhmet. Várias outras Deusas também se transformam alternadamente em Sekhmet.

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Esta mitologia primária envolvendo Sekhmet indica a necessidade de purificar o carma ruim e a escória (representados nos humanos iníquos) dos Chakras (Deuses), aura, mente e alma antes que a Kundalini possa ascender adequadamente no Iniciado e ter energia suficiente para tentar este processo. Se alcançado, a Serpente passa por cada um dos Chakras (Deuses) limpos antes de atingir seu ponto máximo no Chakra da Coroa.

Sua sede de sangue só é diminuída quando Thoth, com palavras de poder, a direciona de volta para a piscina de cerveja manchada com ocre vermelho (o Chakra Base) em preparação para a verdadeira ascensão, onde Ela é reunificada com Re e aperfeiçoada, um processo incessante na Kundalini em seus estágios finais.

O ponto dos códigos visuais nesta história é apontar que se uma alma e mente purificadas não forem alcançadas, caos e perigo resultarão com qualquer tentativa de ascensão desta força imperceptivelmente poderosa, uma força que pode levar indivíduos despreparados à loucura ou até mesmo matá-los. O simbolismo violento de Sekhmet em massacrar humanos serve como um símbolo vívido. Se os poderes da ignorância não forem esmagados de acordo com as Leis de Ma’at, a alma sucumbirá às manifestações negativas do domínio de Set e cairá sob as forças do reino material.

Sekhmet também representa a importância da harmonia e do equilíbrio neste processo, conforme decretado por Azazel e Astarte. Fisicamente, é por esta razão que yoga e trabalho de respiração são buscados pelo Iniciado para direcionar a serpente adequadamente. Thoth usar as palavras de poder mostra como a vibração pode afetar a alma e alterar um caminho precário.

Se a serpente for capaz de ascender com pouca dificuldade e estiver em sincronia com as 144 Leis de Set (os 144.000 Nadis da alma), os poderes de ambos os Deuses se tornam uma força imparável para a ascensão em plena cooperação. Set ergue a serpente ativa de Seu Pai, empurrando-a em direção ao Éden.

Todas essas alegorias também transmitem a importância de usar o ritmo adequado no avanço e não forçar o desenvolvimento — a pressa pode resultar em esgotamento ou destruição, convidando a ira de Sekhmet, a força magnética da serpente.

No Egipto, Sekhmet tem os poderes da Terra Negra, evocativos de Sua atração e materialização do reino da consciência infinita expandida (governada por Bastet). As duas Deusas eram às vezes fundidas em uma entidade pelos egípcios por esse motivo.

Em linha com o acesso aos poderes da Kundalini, Sekhmet também representa a união (magnetismo) de todos os corpos para atingir a Divindade e o aspecto invencível e ativado do poder serpentino da alma que alimenta a habilidade de continuar encarnando. Nesse sentido, ela contrasta com Nephthys, que une os métodos preliminares para a ascensão.

Essa é outra razão pela qual Sekhmet é retratada tão comumente com os Faraós ou Homens-Deus do Egipto: como a esposa simbólica do Faraó, Ela se destaca como um símbolo da ascensão divina deles quando são justos. Seu casamento com Ptah também mostra a conexão da Glândula Pineal e seu papel como o centro do poder oculto no cérebro em relação à serpente, entre outros códigos.

Sekhmet também foi associada a indivíduos proeminentes associados a cultos de ascensão, como Imhotep, que veio a ser reconhecido como filho Dela. Nesse papel, Ela se destaca como a feroz Guardiã do filósofo e do iniciado.

SÍMBOLOS DE SEKHMET

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Sekhmet é representada com a cabeça de uma leoa. O rosto da leoa demonstra Seu compromisso feroz em proteger a ordem divina de Ma’at. Outro elemento comumente usado nas imagens de Sekhmet é o disco solar adornado com a serpente ou uraeus. Este não é apenas um símbolo da iluminação da serpente, mas um lembrete de que Ela é uma dispensadora dos poderes de Re e para os governantes exercerem seu poder com sabedoria.

O símbolo da leoa também revela várias coisas sobre a natureza do feminino em conjunto com o leão. Sekhmet representa o princípio de que essas forças exigem uma contraparte rígida. Se um leão é um fraco ou um líder corrompido, é inevitável que as leoas partam para um novo bando. Este é um dos inevitáveis lados obscuros da natureza e do princípio magnético.

No entanto, Sekhmet também serve como um aviso para homens e mulheres usarem sabedoria e virtude no exercício de suas relações uns com os outros, para que não sejam submetidos às Leis da Natureza de Set e sejam destruídos. Muito desequilíbrio em uma direção levará à destruição entrópica de um estado civilizado de coisas, pois homens e mulheres são idealmente destinados a cooperar em um equilíbrio que é sempre difícil de manter quando um sexo não consegue entender o outro. Da mesma forma, qualquer cidadão abandonará governantes que não demonstram força.

Ela também é retratada com o Was — um longo e fino cajado associado ao estreito canal sushumna da alma, frequentemente adornado com um lótus representando a Coroa e a união com a Deusa Mãe. O punho direito segurando este cajado, no entanto, também significa o poder governante de Beelzebul e Seu domínio sobre o universo visível.

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Assim como Ísis e Nephthys são retratadas juntas constantemente, Sekhmet e Bastet são equiparadas. Uma das principais razões pelas quais Sekhmet é tipicamente representada como uma leoa enquanto Bastet é representada como um gato doméstico envolve uma certa delimitação de seus poderes. Bastet, a Rainha de Todos os Poderes, representa os poderes latentes como eles existem em cada ser avançado, enquanto Sekhmet representa sua ativação poderosa e feroz.

Bastet também é equiparada à noite e à Lua, enquanto Sekhmet é equiparada ao dia e ao Sol. Tanto gatos quanto leões são animais crepusculares. A leoa e a tigresa são as mais temíveis de todas as fêmeas e representam o ápice da evolução felina e da selvageria, enquanto os gatos representam sofisticação e contemplação entre os animais mantidos por humanos.

Ocasionalmente, no entanto, Bastet é representada como uma leoa e Sekhmet como um gato, confundindo os egiptólogos. Sekhmet às vezes também é representada por escorpiões, indicando a associação com tenacidade e vingança.

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Suas estátuas foram copiosamente produzidas como itens de proteção durante tempos de doença ou crise. Só nos últimos anos, egiptólogos descobriram centenas de estátuas de Sekhmet, trabalhadas com tamanha habilidade e sincronicidade que historiadores convencionais não conseguem explicar como foram feitas. Elas eram feitas de diorito vermelho (associado à proteção) e comumente tinham uma cor preta semelhante a ardósia com um acabamento reflexivo.

Nós honramos a tenaz e poderosa Sekhmet através de participarmos em Seu Ritual. A vida frequentemente sendo luta e guerra significa que temos a sorte de estar sob a égide inspiradora de Sekhmet como uma comunidade crescente e próspera. Que Seus poderes protejam a todos na Alegria de Satanás e garantam nosso caminho brilhante para a ascensão.


-Artigo pelo irmão Karnonnos [Guardião da JoS]


FONTES​

Sekhmet and Bastet – The Feline Powers of Egypt, Lesley Jackson

The Goddess Sekhmet, Robert Masters

Agradecimentos especiais a:
[Guardião da JoS] Power of Justice (edição)
Arcadia (pesquisa)


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